Seja bem-vindo
Dom Basílio,11/07/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Cidadão cobra humanização e respeito na saúde pública em Dom Basílio.

Em plenária pública, Dombasiliense denuncia conduta de profissional do hospital e critica resposta lenta do Conselho Municipal de Saúde.

Blog Cidade
Cidadão cobra humanização e respeito na saúde pública em Dom Basílio. Reprodução / Redes Sociais

Durante a 8ª Conferência Municipal de Saúde de Dom Basílio, realizada no último dia 4 de julho, o Dombasiliense Vicente di Paulo fez um pronunciamento contundente sobre problemas no atendimento hospitalar, defendendo maior respeito aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e cobrando providências das autoridades municipais.

A fala teve como base um caso pessoal, ocorrido em outubro de 2024, quando Vicente acompanhava uma familiar em estado terminal no hospital municipal de Dom Basílio. Segundo ele, a médica plantonista responsável teria agido com grosseria e falta de empatia no momento de atendimento. O cidadão relatou que, mesmo após o falecimento da paciente, foi surpreendido por um boletim de ocorrência registrado contra ele pela profissional, com informações que ele classificou como “inverdades”.

“Eu fui de forma muito grosseira atendido. Foi uma falta de respeito. Depois disso, para minha surpresa, também foi protocolado um boletim de ocorrência em meu desfavor, com relatos que não aconteceram”, afirmou Vicente.

Vicente explicou que, diante da situação, procurou o Conselho Municipal de Saúde para relatar o episódio e pedir providências. No entanto, criticou o que considerou lentidão e pouca efetividade do órgão:

“A visão que eu tive é que o conselho fez vista grossa. Só conseguimos discutir o caso com os profissionais envolvidos cinco meses depois.”

Além da denúncia, Vicente apontou aspectos positivos destacados ao longo da conferência, como a melhoria da infraestrutura de saúde no município, os investimentos em equipamentos e a descentralização dos serviços em comunidades. No entanto, ponderou que avanços estruturais não podem ser o único foco das gestões públicas se o atendimento básico falha na acolhida.

“De nada vai adiantar ganhar em equipamento, em programa, se a porta de entrada desses serviços não for humanizada”, declarou, fazendo referência a pontos destacados pelo Deputado Federal Jorge Solla, também presente no evento.

Humanização e respeito como eixos centrais

A fala de Vicente também abordou a necessidade de fortalecer a relação entre profissionais de saúde e usuários. Segundo ele, é fundamental que médicos, enfermeiros e demais servidores passem por capacitação contínua, compreendendo que o atendimento no SUS deve ser pautado pelo respeito, empatia e responsabilidade social.

“A gente não está pedindo favor. A gente está exigindo um direito. É o que a Constituição de 1988 e os regulamentos do SUS garantem.”

Ao final de sua fala, Vicente fez um apelo direto ao Conselho de Saúde, à Secretaria Municipal de Saúde e à gestão do prefeito Fernando Santos para que casos semelhantes não se repitam no município.

“Até quando vamos continuar com profissionais tratando nosso povo com falta de respeito? Precisamos de medidas concretas.”

Conferência esvaziada

Outro ponto levantado foi o baixo comparecimento da população na conferência. Para Vicente, a pouca presença de usuários do SUS e a predominância de servidores públicos no evento dificultam a real participação social no debate sobre a saúde pública municipal.

O que diz a legislação

A humanização no SUS é um dos princípios da Política Nacional de Humanização (PNH), que prevê o acolhimento adequado dos usuários, escuta qualificada, respeito às subjetividades e valorização dos trabalhadores de saúde. Casos de desrespeito ou violência institucional podem ser denunciados em conselhos municipais, ouvidorias do SUS e órgãos do Ministério Público.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.